quarta-feira, 14 de maio de 2014
O curso de redução de danos mais
popularmente conhecida pela sigla RD,
está acontecendo com os profissionais de saúde de diversas unidades de saúde
para proporcionar uma reflexão ampliada sobre a possibilidade de diminuir danos
relacionados a alguma prática que cause ou possa causar danos. Valoriza e põe
em ação estratégias de proteção, cuidado e auto-cuidado, possibilitando mudança
de atitude frente à situações de vulnerabilidade. A RD constitui uma estratégia
de abordagem dos problemas com as drogas, que não parte do princípio que deve
haver uma imediata e obrigatória extinção do uso de drogas no âmbito da
sociedade, seja no caso de cada indivíduo, mas que formula práticas que diminuem
os danos para aqueles que usam
drogas e para os grupos sociais com que convivem. O risco de suicídio, overdose e evolução dos efeitos
prejudiciais da substancia psicoativa tem
que ser monitorados constantemente, cogitando-se a internação involuntária a desintoxicação. A RD é também uma
política pública oficial do Ministério da Saúde do Brasil, e de diversos outros
países, para lidar de forma adequada com problemas que podem ser gerados pelo
uso de álcool e outras drogas. Portanto, está preconizada na Política de Atenção
Integral a Usuários de Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde que destina incentivo financeiro
para o fomento de ações de redução de danos em Centros de Atenção Psicossocial
para o Álcool e outras Drogas - CAPSad - e dá outras providências .
Redução
de danos não pode ser confundida com incentivo ao uso de drogas, embora
fundamente-se no princípio da tolerância ou respeito às escolhas individuais. A RD contribui, entre outras coisas,
para gerar informações adequadas sobre riscos, danos, práticas seguras, saúde,
cidadania e direitos, para que as pessoas que usam álcool e outras drogas
possam tomar suas decisões, buscar atendimento de saúde (se necessários) e
estarem inseridas socialmente em um contexto de garantias de direitos e
cidadania.